Profissão educador: saiba como anda a situação desses profissionais em Minas

O Programa Outras Palavras, que foi ao ar no último sábado (11/10), das 10h às 10h:30, na TVs Band Minas e Band Triângulo trouxe, no quadro Educação em Debate, uma conversa da coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, e a professora da rede pública, Jussara Bueno de Queiroz Paschoalino, doutora e pesquisadora do Centro de Apoio da Educação à Distância da UFMG.

A precarização do trabalho docente, termo que começou a ser usado na década de 90, foi analisada por Jussara por três ângulos: trabalho inseguro – em que o professor fica volátil, ou seja, sem garantias de direitos -; fragilidade no ambiente de trabalho e desapropriação do saber do professor. “Se a gente entende que a educação extrapola a sala de aula, e que o professor é gestor de um espaço de educação, então é preciso saber como ele se organiza, como pensa a escola e como se relaciona com o coletivo; de que forma traça suas metas e como constrói estratégias para melhorar esse ambiente”, contextualiza.

Ao traçar o retrato da escola lamentou: “a realidade nos mostra uma escola doente, porque a própria sociedade está doente, mergulhada em relações muitas líquidas e sem concretude.” Outra situação preocupante diz respeito à culpabilização do professor. “Na escola de hoje não é permitido errar. Falta amor, como também observa o escritor e professor, Humberto Maturana. A escola precisa tratar o erro de forma mais suave e encarar a sua condição de aprendente, que tem como meta a transformação e a produção de mudanças.”

O Momento CNTE, traz uma matéria em que a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) faz uma homenagem aos educadores a partir de uma campanha de fotografias. Professores, funcionários de educação e estudantes foram estimulados a tirarem uma foto selfie entre eles e postar no mural do Facebook com a hashtag #EnsinaEAprende, para que sejam postadas no site www.educacaoeuapoio.com.br. A ideia é valorizar o papel do educador na vida do estudante, promovendo o reconhecimento da importância dessa relação no ambiente escolar.

Um Choque de Realidade: mais de 15 mil professores de Ensino Religioso e de Educação Física em Minas foram retirados dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Três mil contratações, que deveriam ter sido feitas e não foram, e ainda locais inadequados para a prática esportiva. É essa a realidade imposta hoje pelo Governo do Estado às escolas estaduais. São exatamente 1.984 escolas estaduais ofertando o Ensino Fundamental, sem uma quadra de esporte, ou seja, na teoria uma conversa e na prática outra. De acordo com os professores de Educação Física, Alexandre Flausino (Alfenas); Josias Valadares (Naque) e Djalma Gonzaga (Montes Claros), o aluno, ao chegar à escola nos anos iniciais, isto é, no momento mais importante de sua formação, não tem direito a ter aulas com professor habilitado em Educação Física, uma situação desgastante para o educador e altamente prejudicial ao aluno.

O Momento CUT/MG destaca a manifestação “quem fala a verdade não merece castigo”, realizada por milhares de pessoas em solidariedade ao Sind-UTE/MG, que tem sofrido uma pressão muito grande com a judicialização de suas lutas no Estado. Da Executiva Nacional da CUT, o Sindicato recebeu o apoio de Júlio Turra, José Celestino e Shakespeare Martins.  Na manifestação, que teve início na Praça da Liberdade e terminou no centro da capital (Praça Sete), os manifestantes protestaram contra a criminalização dos movimentos sindical, social e popular e defenderam a liberdade de expressão.

O Programa Outras Palavras é uma produção do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG). Acompanhe!

Compartilhe nas redes:

Nenhum resultado encontrado.