Essa foi a questão principal da última plenária geral do segundo dia do IV Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano, que acontece no Centro de Convenções do Actuall Hotel, na região metropolitana de Belo Horizonte. Os participantes foram chamados pela mesa para responder em dois minutos as exposições e os debates do evento.

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Uma resposta de consenso é a criação da jornada latino-americana de luta em defesa da escola pública e contra a mercantilização e privatização da educação pública. Também ficou definido a realização de um encontro em Recife, em 2021, quando se comemora o centenário de nascimento do educador Paulo Freire.

Mario Aguillar, do Colégio de Professores do Chile (CPC), disse que o Movimento Pedagógico deve ser de vanguarda. “O movimento tem de ter postura e ser politizado, mas autônomo e independente de qualquer governo”.

“Uma escola de pensamento crítico para contrapor o pensamento burguês em todos os países”, respondeu o colombiano Hernandez.

A vice-presidente da CNTE, Marley Fernandes de Carvalho, sugeriu que sejam realizadas marchas em todos os municípios, estados e países contra a mercantilização e privatização da educação e que seja construída uma grande marcha com este mesmo mote para o dia 19 de setembro, dia do nascimento de Paulo Freire.

Eduardo Pereira, da Ctera/Argentina, disse que ficou muito claro que o processo de avanço das medidas neoliberais tem como objetivo usar os recursos públicos e debilitar as organizações sindicais para que não haja o enfrentamento. “O Movimento Pedagógico precisa continuar fortalecendo as organizações sindicais para que possam fazer a luta por nossa democracia e a escola pública. Não podemos ficar na defensiva”, destacou.

O presidente da CNTE , Heleno Araújo Filho, defendeu a intensificação do Movimento Pedagógico nos países latinos, com ações anuais, como é feito no Brasil com a Semana Nacional em Defesa e Promoção da Escola Pública. “Todos os materiais de nossas campanhas devem enfatizar o Movimento. Temos que lutar para ter uma escola pública democrática com profissionais da educação democráticos”, declarou.

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Fonte: CNTE