Servidores e servidoras da saúde dão prazo até o dia 31 de julho ao governo

Mobilizada, em estado de greve e de luto, categoria negocia com governo do Estado e exigem apresentar contraproposta concreta

Em sua primeira assembleia estadual depois de suspender a paralisação, iniciada no dia 27 de maio,  e de manter o estado de greve, servidores e servidoras da saúde aprovaram, na manhã desta quarta-feira (25), ficar de luto – vestir-se de preto ou usar uma tarja – para acompanhar nas negociações e enquanto o governo do Estado não apresentar propostas concretas para a categoria. Trabalhadores e trabalhadoras se reuniram no pátio da Assembleia Legislativa. Eles continuam mobilizados e também estipularam o dia 31 de julho como prazo que o governo atenda às reivindicações ou apresente contrapropostas satisfatórias. Servidores e servidoras realizarão nova assembleia no dia 1º de agosto e, caso as negociações não avancem, podem entrar novamente em greve.

Nas três reuniões realizadas até o momento, o governo do Estado concordou apenas em aumentar de R$ 10 para R$ 15 o vale-alimentação e o pagamento do auxílio creche de servidores e servidoras da Hemominas e da Escola de Saúde Pública (ESP). Outras reivindicações ainda serão analisadas, juntamente com a avaliação dos impactos financeiros e nas escalas de trabalho.

Mas, de acordo com o coordenador do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde Minas Gerais (Sind-Saúde/MG), Renato Barros, a categoria não abre mão de sete reivindicações gerais e das demais específicas.  “Deixamos claro que não abrimos mão da redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas; da gratificação de urgência e emergência para os trabalhadores da Hemominas; do reajuste de 15% para todos; da reestruturação da carreira; de que seja assegurado o reposicionamento do servidores que entraram na Justiça; da rediscussão do decreto de reposicionamento para a escolaridade adicional; e da revisão do corte de ponto dos trabalhadores que participaram de congressos, cursos e eventos promovidos pelo Sind-Saúde/MG”, disse o coordenador do Sindicato durante a assembleia desta quarta-feira. Renato Barro acenou com a possibilidade de atender a alguns itens da pauta, mas depois do estudo do impacto e somente em setembro, na data-base.

Presente na assembleia, a presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) e coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação (Sind-UTE/MG),  Beatriz Cerqueira, saudou os servidores e as servidoras da saúde e fez um alerta. “Nós, da educação, também passamos por uma greve, e só arrancamos a abertura das negociações após paralisar por cinco horas e meia a MG-010. Nossos desafios vão além da nossa demanda. Devemos adotar mecanismos de conversar com a população, para mostrar que Minas não tem a melhor a educação do país, muito menos, acredito, a melhor saúde. Nossa grande tarefa é conversar com a população não só do Estado, mas de todo o Brasil. Se não fizermos, o governo vai tentar convencer que o choque de gestão fez bem a Minas e será bom para o país. E nós, da educação e da saúde, sentimos nestes 13 anos de governo neoliberal, os impactos nocivos do choque de gestão.  Vocês estão de parabéns por fazer esta luta. Este enfrentamento com o governo do Estado não é fácil”, afirmou Beatriz Cerqueira.

Pautas específicas

Os pontos específicos começarão a ser discutidos na próxima semana. Durante o mes de julho serão feitas as reuniões que incluirão a gestão de cada órgão e fundação, sempre as quintas-feiras, às 15 horas. A primeira será para discutir os itens que relacionam a SES/MG, como a isonomia das gratificações, o auxílio creche e/ou a criação de creche na Cidade Administrativa e a descompressão da carreira do AUGAS.

Já na Hemominas, que terá reunião no dia 10 de julho, terá entre os pontos em discussão a extensão do abono de urgência e a revisão de injustiças das carreiras na fundação. (veja o detalhamento no quadro abaixo)

A Fhemig ira se reunir no dia 17 de julho. Além da redução da jornada de trabalho sem redução salarial, os itens debatidos incluirão a situação das creches, a extensão do adicional de urgência e emergência, a nomeação dos concursados, dentre outros (veja no quadro abaixo)

No dia 24 de julho, a negociação será sobre os pontos da Funed e da ESP. Para a Funed, além da redução da jornada sem redução salarial e revisão da carreira, estarão em debate o posicionamento dos técnicos e a garantia de pagamento integral da GIEFS para todos os servidores a disposição da Funed. Já na ESP, os servidores reivindicam o pagamento da GIEFEs conforme previsto em lei e o reajuste do vale-alimentação

(Site CUT/MG – 25.06.14 – Rogério Hilário)

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