Servidores públicos municipais decidem manter a greve geral

Mesmo a judicialização do movimento, a pedido da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), servidoras e servidores municipais aprovaram, em assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (3), na  Praça da Estação, a continuidade da greve geral, iniciada no dia 25 de maio. Uma liminar, emitida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), determina que o Hospital Odilon Behrens tenha uma escala mínima de 60%. Além disso, a PBH manteve a proposta de reajuste zero de só discutir as cláusulas econômicas da pauta de reivindicações das categorias apenas em setembro e anunciou, em reunião com representantes dos grevistas, que vai cortar os dias parados nas férias regulamentares e discutir a retirada de direitos.

 

As categorias decidiram também fazer uma grande mobilização na segunda-feira (8), na Câmara Municipal, para cobrar posicionamento dos vereadores. Na terça-feira (9), trabalhadoras e trabalhadoras voltam a reunir às 9 horas, na Praça da Estação, para avaliar o movimento e novas deliberações. Após a assembleia desta quarta-feira (3), servidoras e servidores saíram em passeata pelas ruas do Centro de Belo Horizonte e paralisaram uma das vias exclusivas do Move, na Avenida Santos Dumont, por cerca de 30 minutos.

 

“O prefeito não perde a mania de colocar nas costas de trabalhadoras e trabalhadoras a responsabilidade pela crise, com a retirada de direitos. Por isso vocês devem continuar em greve e nas ruas para denunciar que a prefeitura não valoriza os servidores e o serviço público, que desrespeita os trabalhadores e a população, que judicializa e criminaliza o movimento de vocês, com práticas antissindicais”, afirmou a presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira, que acompanhou a marcha e reiterou o apoio da CUT/MG e de toda a base CUTista ao movimento dos servidores públicos municipais de Belo Horizonte.

 

Servidores públicos municipais reivindicam reajuste salarial de 25% para ativos e aposentados, retroativo a 1º de janeiro, aumento do vale-refeição para R$ 30, extensivo a todos os trabalhadores, reconhecimento dos cursos de educação à distância e tecnólogos para progressão de carreira, entre outros.

 

Propostas apresentadas pela PBH na reunião de terça-feira (2)

1 – A prefeitura mantém o posicionamento de apresentar proposta de reajuste somente no mês de setembro, definindo como data limite o dia 15 de setembro.

2 – A prefeitura assumiu o compromisso de não encaminhar nenhum projeto alterando a forma de pagamento de quinquênio, férias prêmios, férias regulamentares e avaliação de desempenho neste governo, exceto se houver consenso e acordo com as categorias.

3 – Antecipação de pagamento da 1ª parcela do 13° salário de julho para o dia 15 de junho.

4 – O governo concorda em discutir imediatamente os pontos das pautas de reivindicações que não sejam econômicos como a  alteração do decreto sobre licença médica.

5 – A prefeitura avaliará a questão dos dias já cortados.

 

(Site CUT/MG – Rogério Hilário, com informações do Sindibel – 03/06/15)

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