Sind-UTE/MG se solidariza com a comunidade escolar da E . E. Thomázia Montoro, em São Paulo

 

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo confirmou a morte da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, uma das vítimas do ataque a faca ocorrido na manhã desta segunda-feira (27/3), na Escola Estadual Thomázia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo.

O autor do atentado foi um aluno de 13 anos. A tragédia nos enche de dor e indignação, nos colocam perplexos diante de jovens que encontram como alternativa, frente à desumanização que o neoliberalismo nos impõe cotidianamente, o extermínio de seus próximos.

A professora Elizabeth pagou um preço alto demais por atuar sem apoio do Estado para tentar reduzir a violência na escola. Uma semana antes de ser morta, ela separou uma briga entre o autor dos ataques e outro aluno, iniciada após ofensas racistas feitas pelo agressor. A atitude teria sido o motivo do ataque covarde que sofreu.

O drama poderia ser ainda maior, não fosse a atuação de outra professora de Educação Física, a professora Cinthia. Foi ela que mobilizou o agressor e fez com que a faca, fosse retirada dele.

No entanto, a atitude heroica da professora Cíntia, que colocou sua vida em risco, não pode ser glorificada como uma solução. É responsabilidade do Estado evitar que casos assim se repitam.

Toda essa brutalidade são um alerta sobre os efeitos e consequências de todas as escolhas políticas que, nos últimos anos, atacou discursivamente e objetivamente de forma cada vez mais intensa as escolas e a educação, principalmente a de perspectiva crítica e que busca contribuir com a emancipação dos sujeitos.

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