Sind-UTE Subsede Centro-Sul realiza o 1º Encontro de Prevenção às DST/Aids

O Instituto de Educação foi palco, no último dia 14 de junho, do 1º Encontro de Prevenção às DST/Aids do Sind-UTE/MG Subsede Centro-Sul, em Belo Horizonte. Participaram da discussão, representantes de mais de 30 escolas da capital mineira. O Encontro teve por objetivo capacitar os educadores a trabalhar esta questão nas salas de aula e também junto à comunidade escolar.

 

O Encontro faz parte do projeto do Sindicato de ampliar as discussões para além do Seminário da Formação Projeto EPT-IE/DST/Aids, promovido em maio último, em Ouro Preto/MG, cuja iniciativa é da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL) que, em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), atua desenvolvendo ações de prevenção nas escolas públicas do Brasil. O Programa visa conscientizar os trabalhadores em educação sobre a importância da informação, da prevenção à doença e, ao mesmo tempo, prepará-los para o debate sobre essas questões na sala de aula com os alunos.

 

Abertura

 

O Seminário aconteceu durante todo o dia. Pela manhã, a abertura oficial contou com a participação da coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, professora Beatriz Cerqueira, a diretora do Sindicato e secretária de Organização da CNTE, Marilda de Abreu Araújo, a superintendente da Superintendência Regional de Ensino, Metropolitana A, Idalina Franco de Oliveira, o diretor de Ensino Médio da Secretaria de Estado de Educação, Wladimir Coelho Neto, o diretor do Instituto de Educação, Orivaldo Diogo e a coordenadora do Sind-UTE Subsede Centro-Sul, Maria Coeli Bitarães Lavarini.

 

A coordenadora-geral do Sindicato, Beatriz Cerqueira, incentivou ações como aquele Encontro e ressaltou a importância de permanecer na luta, apesar do

momento ser de conquistas, destacando que os educadores são merecedores deste momento. A lei 21.710/2015, recém-aprovada, segundo ela, representa um passo importante, mas não é suficiente e nem o fim.  “Temos muitos outros desafios, mas espero um período melhor do que os vividos nos últimos 12 anos.”

 

O representante da Secretária Macaé Evaristo, Wladimir Coelho Neto, frisou a transformação do setor educacional em Minas Gerais. “Vivemos uma nova era, pautada na construção de um projeto da educação com a participação do Sind-UTE/MG e de educadores.”

 

A superintendente da Superintendência Regional de Ensino, Metropolitana A e ex-diretora do Sind-UTE/MG, Idalina Franco de Oliveira, lembrou das ações que desenvolveu sobre o assunto enquanto professora na Escola Estadual Professora Maria Amélia Guimarães e ressaltou a importância da prevenção às DST/Aids. “Essas iniciativas são fundamentais para informar nossos alunos e toda comunidade escolar. Minha proposta é levar este Programa e seminários que tratam da questão da Aids para todas as escolas ligadas à Metropolitana A.”

 

Orivaldo Diogo afirmou que o momento é oportuno para receber projetos. “Essas iniciativas são fundamentais para a escola e toda a comunidade escolar. Precisamos nos capacitar constantemente para melhor atender aos alunos, sempre.”

 

Marilda de Abreu Araújo disse que o Programa, lançado em 2007, vive um momento de revitalização. “Estamos incrementando a difusão deste Programa, essencial para nossos alunos no que diz respeito à prevenção da DST/Aids. Temos consciência da importância desta luta e temos que nos envolver mais nela, a cada dia.”

 

Maria Coeli Bitarães,  e coordenadora da Subsede Centro-Sul, responsável pela organização do Seminário, avaliou como extremamente positiva a participação maciça de representantes das escolas que abrangem a subsede. “Esse é um assunto importante e necessário para os nossos jovens. Portanto, estamos ganhando conhecimento e capacitação para saber lidar com essas questões. Agradecemos ao Sindicato, à Secretaria de Educação, à Superintendência da Metropolitana A e a todos os educadores e educadoras que se envolveram conosco nesse projeto”.

 

Desafios e tabus em torno da DST/Aids

 

A palestrante Andréa Moreira Maciel, assistente social, psicopedagoga clínica, consultora em Recursos Humanos e Políticas Públicas e especializada em Terapia Sistêmica de Família, Casal e Individual, abordou questões relacionadas à DST/Aids em ambientes escolares. “Todos nós gostamos de ser acolhidos e a delicadeza do acolhimento é essencial. No ambiente escolar, o professor não pode deixar de se responsabilizar por esse acolhimento. É preciso que as escolas e educadores trabalhem com toda a coletividade para ter resultados positivos. Precisamos nos despir de tabus para vencermos os desafios que envolvem esta questão.”

 

Já a professora Nancy Rebouças, da Escola Estadual Barão de Macaúbas, que esteve em Ouro Preto, participando do Seminário de Formação às DST/Aids promovido pelo Sind-UTE/MG, também trouxe suas contribuições para o Encontro. Ela fez uma abordagem sobre as dificuldades que muitas vezes o/a professor/a encontra dentro das salas de aulas para lidar com essa temática. Falou da tranquilidade e dos cuidados que esse profissional deve ter para lidar com a informação. “Quebrar o tabu e falar sobre sexo e sexualidade na sala de aula de maneira natural, com a finalidade de levar conhecimento e esclarecer dúvidas que surgem no dia a dia da escola é preciso”, afirmou.

 

Oficinas

 

Na parte da tarde, aconteceram as oficinas com os participantes. Eles se dividiram em cinco grupos para discorrer entre os pares sobre os assuntos abordados nas palestras. Em seguida, tiraram apontamentos de como tratar, dentro das salas de aulas, com questões relacionadas à prevenção às DST/Aids, abordando fatores que contribuem para a vulnerabilidade e a não-vulnerabilidade do indivíduo a essas doenças.

 

Repercussões do Seminário

Jonas William Pereira da Costa, diretor estadual do Sind-UTE/MG e da Subsede Centro-Sul; o professor da Escola Estadual Caminho à Luz e o também diretor da Subsede, Fernando Jardim, ressaltaram que a união de todos – educadores, Sindicato e Governo – é fundamental para o enfrentamento de questões tão complexas como, por exemplo, a prevenção às doenças sexualmente transmissíveis nas escolas públicas mineiras. Eles parabenizaram o Sind-UTE/MG por essa iniciativa, reafirmando que, para além das questões salariais e de carreira, é preciso investir na formação pedagógica dos educadores.

 

Joilton Beltrão de Matos, professor de Matemática, da Escola Estadual Central, em Belo Horizonte, e Renata de Sá, professora de Português,  que está na direção da Escola Caminho à Luz, lembraram passagens curiosas que vivenciaram dentro da sala de aula. Ambos disseram que já precisaram desviar o conteúdo programado para discutir com os alunos questões relacionadas a sexo e sexualidade e que estavam tirando a atenção da turma.

 

Dia Mundial de Luta contra a Aids

Vale lembrar que 1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a AIDS. Nesta data, as escolas deverão realizar um ‘Aulão’, além de outras ações educativas como Seminários, Feiras e blitz educativa.

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