Sintego é contra Organizações Sociais nas escolas

O governo de Goiás pretende chamar neste mês de novembro as empresas interessadas em gerir as escolas publicas através das Organizações Sociais (OS). O Sintego, por meio de sua presidenta, a professora Bia de Lima, fará uma declaração sobre esta medida em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira, às 8h30, na sede do Sintego: Rua 236, n. 230, St. Coimbra, Goiânia.

Eis o que o Sintego divulgou sobre as Organizações Sociais na Educação:

Reportagem publicada no jornal O Popular deste sábado (31/10) distorceu a fala da presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima, sobre a terceirização da gestão de escolas da rede estadual de Educação para as Organizações Sociais.

Desde a primeira entrevista do governador Marconi Perillo, logo após as eleições de 26 de outubro, indicando que uma parceria com OSs poderia vir a ser adotada na Educação, o Sintego se posicionou CONTRA a iniciativa, em várias oportunidades, durante o programa Sintego em Ação, veiculado pela Rádio Difusora de Goiânia e publicado na última edição do Jornal do Sintego, de dezembro passado.

Em sessão do Pleno do Conselho Estadual de Educação, realizada no último dia 23, para debater exclusivamente esse tema, a vice-presidenta e representante do Sintego no órgão, Iêda Leal, manifestou claramente a posição CONTRÁRIA do sindicato em relação a essa possibilidade.

Na quarta-feira (28), em reunião do Fórum Estadual de Educação, a presidenta Bia de Lima reforçou esse posicionamento CONTRÁRIO do Sintego sobre a hipótese de OSs na Educação e cobrou uma manifestação pública do FEE, se opondo a essa intenção.

Durante abertura do I Seminário de Gestão Sindical, na noite dessa sexta-feira (30), que reuniu mais de 320 membros da direção estadual do sindicato, e contou com a presença da secretária Raquel Teixeira e do secretário de Educação de Aparecida de Goiânia, Domingos Pereira, Bia de Lima disse diretamente a Raquel Teixeira, que o Sintego é CONTRA a proposta do governo de terceirizar a administração escolar. Bia ainda disse à secretária que a expectativa dos trabalhadores em Educação é ver a carreira restaurada e a categoria respeitada em seus direitos.

A declaração constante na matéria do jornal O Popular, portanto, não condiz com o pensamento, nem o posicionamento, da direção do Sintego e foi utilizada fora do contexto em que foi dito em entrevista à repórter, pois refere-se a outras mudanças que o conjunto dos trabalhadores da educação do Estado de Goiás entende serem necessárias para a melhoria da qualidade do ensino público goiano, não passando, nem de longe, pela transferência da gestão das escolas para Organizações Sociais, mas pela valorização profissional, tanto financeira, quanto de formação continuada, de professores e servidores administrativos, de respeito ao nosso Estatuto, ao nosso Plano de Carreira, ao Piso Salarial Profissional Nacional e à realização de concurso público para contratação de educadores, colocando fim aos contratos temporários.

Passa também pela oferta de materiais didático/pedagógicos aos educadores e pela melhoria da estrutura física das escolas, para atender melhor alunos e trabalhadores. E passa, ainda, pela adoção de um Projeto Político Pedagógico da Secretaria de Estado da Educação que vise à educação transformadora que não só os profissionais desejam, mas toda a sociedade goiana.

O Sintego é CONTRA as OSs na Educação, porque entende que transferir a gestão administrativa e financeira de escolas da rede estadual de ensino para iniciativa privada caracteriza muito mais a falência do Estado na condução de políticas públicas para a Educação do que uma condição para a melhoria da qualidade do ensino. O Sintego entende que a melhoria será conquistada com a aplicação correta dos recursos do Fundeb, com o cumprimento dos 25% do orçamento, previstos na Constituição Federal e, agora, com os 75% dos royalties do pré-sal na educação.

O Sintego tranquiliza a categoria sobre toda e qualquer informação diferente sobre o posicionamento oficial da entidade em relação a esse tema e lamenta que a interpretação equivocada da fala da presidenta Bia de Lima seja utilizada para tentar manchar o nome desta entidade e de seus dirigentes.

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