Técnico-administrativos fazem protesto no Hospital das Clínicas da UFMG

Técnico-administrativos em educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em greve desde o dia 28 de maio, realizaram, na manhã desta segunda-feira (20), o ato “Pipocando o Pronto-Atendimento” em frente ao Hospital das Clínicas (HC), no bairro Santa Efigênia, região hospitalar de Belo Horizonte. Com a mobilização, eles chamaram a atenção para o movimento e para os problemas da unidade.

Durante duas horas, servidoras e servidores distribuíram pipoca e algodão-doce e entregaram panfletos à população. Eles dialogaram com usuários e comunidade local – alunos, professores, demais técnico-administrativos, pacientes e acompanhantes –, para apresentar os motivos da greve e a importância de se manter o orçamento da instituição capaz de manter um atendimento de qualidade e excelência. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino (Sindifes), a intenção era informar os usuários e a sociedade sobre os impactos que os cortes de 40% nas verbas para manutenção da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) provocaram em todos os setores ligados à universidade e, principalmente, ao Hospital das Clínicas.

Segundo a categoria, desde dezembro do ano passado, a unidade tem sofrido com a falta de medicamentos e materiais básicos para o atendimento aos pacientes. A situação teria sido agravada com a demissão de vários trabalhadores, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem terceirizados.

O Sindifes tem uma reunião marcada com representantes do Ministério do Planejamento nesta terça-feira (21). A categoria espera que o governo federal apresente uma nova proposta para por fim ao impasse. A reivindicação incial era de reajuste salarial de 27,3% , relativo à reposição de perdas com a inflação. A última proposta do governo foi de um reajuste de 21,5% dividido em quatro anos. A categoria fez uma contraproposta e está disposta a negociar se esse período for reduzido em até dois anos.
Entre outras reivindicações estão o aprimoramento da carreira, turnos contínuos com redução da jornada de trabalho para 30 horas, sem ponto eletrônico e redução de salário, revogação da lei que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para gerir os hospitais universitários das instituições e processo eleitoral paritário para escolha de gestores nas universidades públicas.  Segundo o Sindifes, a categoria pede também o reposicionamento dos aposentados.

(Site Sindifes – 20/07/15)

Compartilhe nas redes:

Nenhum resultado encontrado.