Trabalhadoras e trabalhadores da MGS fazem ato histórico

Em ato histórico, o primeiro realizado na porta da empresa, trabalhadoras e trabalhadores da Minas Gerais Administração e Serviços S.A. (MGS), protestaram na manhã desta sexta-feira (25) contra a retirada de direitos. Com apoio da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), dos movimentos sindical e sociais, as categorias, coordenadas pela Associação dos Empregados Públicos Estaduais da MGS (Assepmgs), denunciaram, por cerca de duas horas,  para população os ataques que a direção da estatal, como as ameaças de cortes dos adicionais de periculosidade e de insalubridade, que representariam a redução em torno de R$ 400 dos salários, e o não pagamento do Plano de Carreira.

 

Durante a manifestação, representantes da Assepemgs entregaram a pauta de reivindicações e um ofício solicitando reunião de negociação com a direção da MGS. Na próxima quinta-feira, 1° de outubro, trabalhadoras e trabalhadoras vão participar de mais um ato público, desta vez em frente ao UAI da Praça Sete, órgão que quase foi privatizado. O protesto começará às 7 horas. A empresa Minas Gerais Administração e Serviços S.A. emprega atualmente 19 mil pessoas.

 

“Vamos mostrar para a sociedade mineira o que está acontecendo na MGS. Os abusos são constantes e a população não tem conhecimento disso.  As categorias já se mobilizaram contra as demissões em 2013 e 2014, contra o assédio moral e outros desmandos. Basta de abusos. Exigimos respeito aos nossos direitos. Não podemos aceitar que a direção da MGS faça o que quiser. Temos que usar a nossa força para garantir nossos direitos e outras conquistas. O nosso ato é um marco histórico. É o ponto de partida para mudar de vez a MGS. Temos que lutar sempre pelos nossos direitos”, disse Plínio do Vale Saldanha, presidente de Assepemgs.

 

“A nossa luta é de todos os trabalhadores. Os Correios estão em greve. Servidores públicos federais paralisaram as atividades. As Superintendências Regionais de Ensino e o Órgão Central estão parados. Esta crise não pode ser jogada nas nossas costas. Por que não se cortam os altos salários e compartilham este dinheiro conosco? Por que não se taxa as grandes fortunas? Vocês precisam fortalecer a Assepemgs. A associação é representativa, combativa e isto ficou evidente nesta mobilização histórica. Com todos unidos é possível garantir mais conquistas neste país”, afirmou Guilherme Amorim Lino, da Direção Estadual da CUT/MG.

 

“Não podemos nos acovardar, vamos fortalecer a associação. Os Correios estão aqui. Eu estou aqui representando o Sindieletro. Vamos gerar a solidariedade de classe. Todo o setor público está sendo atacado, sucateado. Que os ricos paguem pela crise. Se a MGS precisa cortar, que corte dos altos salários. Que façamos atos ainda maiores. Só assim o governo vai nos ver. O pessoal da Cemig está junto com vocês”, disse Jobert Fernando de Paula, diretor de Formação e Cultura do Sindieletro-MG.

 

(Site CUT/MG – 25/09/15)

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