Trabalhadoras/es em educação consideram um escárnio o Projeto de lei de Zema que prevê aumento de 298% no seu salário e 247% para secretários do estado

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Nas galerias e na entrada da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, a voz que ecoa dos servidores/as públicos, entre eles, a educação, é uma só e diz: “é uma vergonha o o aumento de salário solicitado pelo governador.”

O projeto foi proposto pela Mesa da ALMG a pedido do governador Romeu Zema que diz ser o reajuste necessário para ‘manter os mais competentes nos quadros técnicos’. Só para se ter ideia da situação, o projeto estabelece que a remuneração do governador passe para R$ 41.845,49, uma alta de 298%. O projeto também prevê um aumento no salário do vice-governador de 267% e o subsídio dos secretários de estado seria ampliado em 247%.

Sem Piso Salarial, sem os reajustes concedidos pelo MEC – Ministério da Educação e Cultura, desde 2018, quando iniciou o governo Zema, e com o pior salário do país (apenas R$2.350), valor muito abaixo do Piso Nacional (R$ 4.750), educadores/as não admitem o reajuste que está em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para o governador e seus secretários.

“Nenhuma categoria teve 298% de reajuste. Todos os sindicatos que estão na mesa de negociação com o governo não tiveram nenhuma proposta de ganho, de reajuste nos últimos cinco anos, além dos 10% do ano passado, que também não foi negociado com absolutamente ninguém. E no caso da educação, as Auxiliares de Serviço da Educação Básica (ASBs) estão recebendo menos que um salário mínimo. São mais de 30 mil trabalhadoras contratadas pelo Estado ganhando menos que um salário mínimo”, alerta Romano.

Em contrapartida, a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG lembra que no outro prato da balança é nítida a ausência de Piso, de proposta de reajuste. “ Um absurdo Auxiliar de Serviço da Educação ganhando menos que o salário mínimo, vencimento básico da professora, do professor em R$ 2.350, o pior salário da área da educação. E o governador pedindo aumento absurdo para ele, seu vice e os secretários de estado que já complementam a sua renda participando de conselhos e das estatais”, afirma.

Ouça a coordenadora-geral do Sind-UTE, Denise Romano:


Na ALMG- o que está em votação

Em tramitação e votação, nesta terça-feira (4/4/23), na Assembleia Legislativa, o Projeto da reorganização administrativa do governo do Estado (PL 358/25), a Proposta se Emenda à Constituição (PEC 71/2021) , que retira o DETRAN da Polícia Civil, assunto polêmico e que também mobiliza um grande número de servidores contrários à essa proposição e o PL 415/23, que propõe reajuste salarial ao governador e seus secretários.

 

 

Fotos: Gui Loiola/Sindutemg

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