
Trabalhadores e trabalhadores dos Correios fazem concentração, ato e assembleia
- 13/02/2014
Categoria, em greve desde o dia 29 de janeiro, volta às ruas de Belo Horizonte pelo cumprimento do acordo de 2013
Trabalhadores e trabalhadoras dos Correios de Minas Gerais, em greve desde o dia 29 de janeiro, concentram-se a partir das 9 horas desta quarta-feira (12) na porta da Agência Central da empresa em Belo Horizonte, na avenida Afonso Pena, para realizar ato público e assembleia de avaliação do movimento. A categoria paralisou as atividades, principalmente na área de distribuição, para reivindicar a manutenção do plano de saúde e a mudança da entrega de correspondência para o período da manhã, cláusulas do acordo coletivo do ano passado, firmado durante o dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que a empresa não cumpriu. Trabalhadores e trabalhadoras representados por 15 sindicatos já aderiram à greve em todo o país.
Na manhã de segunda-feira (10), cerca de 200 trabalhadores e trabalhadoras dos Correios manifestaram em uma passeata pelas avenidas Álvares Cabral e Augusto de Lima, retornando à sede dos Correios, na Avenida Afonso Pena, no Centro da capital mineira. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Correios, Telégrafos e Similares do Estado de Minas Gerais (Sintect-MG), 60% dos funcionários da Região Metropolitana de Belo Horizonte aderiram a greve.
O presidente do Sintect-MG, Robson Silva, disse que o movimento cresce a cada dia no Estado, mas que dirigentes e militantes estão trabalhando para ampliar ainda mais a adesão, tanto em Minas Gerais, quanto nos Estados em que não foi deflagrada a greve. “Participamos de mobilizações no interior e em outros Estados, onde a paralisação ainda não foi aprovada”, afirmou.
Na semana passada, empresa e representantes da categoria se reuniram no TST, em Brasília, mas não houve avanço nas negociações. Em assembleia realizada na última quarta-feira (5), em frente à Agência Central dos Correios, o secretário-geral do Sintect-MG, Pedro Paulo Pinheiro, informou que o TST havia negadopedido de liminar para garantia de manutenção de 80% do efetivo operacional trabalhando feito pela empresa. A ECT queria que o TST considerasse a greve abusiva. O ministro presidente do tribunal, Carlos Alberto Reis de Paula, indeferiu o pedido. Ele determinou que a ação cautelar fosse distribuída à Seção Especializada de Dissídios (SDC) por entender que, para tomar qualquer decisão, é necessário analisar o que foi decidido na sentença normativa do dissídio coletivo de 2013, bem como as alterações realizadas pela ECT no plano de saúde.
Na última sexta-feira (7), o ministro Márcio Eurico Vitral Amaro, do TST, determinou, liminarmente, que pelo menos 40% dos trabalhadores e trabalhadoras devem permanecer em atividade em cada uma das unidades da empresa. Vitral fixou multa diária de R$ 50 mil, a ser paga pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares, em caso de descumprimento da decisão.