Vereadores da Câmara Municipal de São Joaquim de Bicas ignoram clamor do Sind-UTE/MG e da comunidade escolar e aprovam o Projeto Mãos Dadas, do governo de Minas

A história dirá, com todas as letras, como eles (governo de Minas e vereadores de São Joaquim de Bicas) estão destruindo a educação pública estadual naquele município.

Na última terça-feira, 24/5/22, foi aprovado, na Câmara Municipal, o famigerado “Projeto Mãos Dadas”. Na realidade, nem mesmo o nome do projeto do governo Zema condiz com o que estão fazendo. Não existem mãos dadas com a educação, com educadoras/es, estudantes e a comunidade escolar (pais e mães). Pelo contrário: a história mostrará, no futuro, que essa é uma grande cilada.

O projeto aprovado pela Câmara Municipal de São Joaquim de Bicas vai municipalizar quatro escolas estaduais e desempregar as Auxiliares de Serviço da Educação Básica (ASBs) e as/os professoras/es. Além disso, a comunidade escolar vai ter que levar seus filhos para escolas que podem estar longe e de difícil acesso. Isso trará prejuízos diversos, tais como: custos adicionais de deslocamentos, desestruturação de um processo que já vinha dando certo, enfim, será a destruição da escola pública que ali já estava consolidada.

“Esse projeto do governo Zema é o canto da Sereia e, nele, caíram seis vereadores, incluindo o presidente da Câmara. Eles votaram um projeto de lei que chegou sem avisar. Não dialogaram e não ouviram a voz e o clamor dos/as trabalhadores/as em educação e dos estudantes. Ninguém ouviu a categoria, que solicitou uma audiência para melhor debater essa imposição. Infelizmente, não tivemos voz.”, destaca a direção do Sind-UTE Subsede Betim, lembrando que estudos do Dieese, em conformidade com o projeto de lei nº 017/22, apontam para um aporte de recursos anual de R$ 2.642.330,53, o que será insuficiente para garantir educação de qualidade para todos e todas.

Apesar de ignorarem a comunidade escolar, a população deu o seu recado e compareceu em peso na Câmara para dizer que não querem esse projeto.

O Sindicato agradece a presença do coletivo e dos estudantes das Escolas Estaduais Nossa Senhora da Paz, Padre Carlos Roberto Marques, Patrocínia Cândida de Oliveira, Geralda Eugênia e do anexo Escola Rural do Assentamento Pátria Livre. Há um sentimento de que a luta foi feita e de que esses destruidores da escola pública não passarão.

Fotos: Sind-UTE Subsede Betim

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