Campanha Salarial 2024

Zema vai do péssimo ao pior!

Após duras mobilizações por todo o Estado de Minas Gerais o governador Romeu Zema, em mais uma afronta aos trabalhadores públicos estaduais, aumentou em 1% a proposta de reajuste salarial para a categoria. Os ínfimos 3,62% agora são míseros 4,62%, diante de uma inflação de mais de 10% e de aumentos de contribuição previstos no Projeto de Lei do IPSEMG que anulam os 4,62% em sua totalidade, entre outras medidas prejudiciais, como aumento da contribuição de filhos e cônjuges dos beneficiários. Ou seja, dá com uma mão e tira com as duas.

Enquanto insiste em uma política de arrocho salarial para o funcionalismo, Romeu Zema (Novo) aprovou em maio de 2023 um aumento de quase 300% para si e para a “casta” do funcionalismo. É o terceiro maior salário entre os governadores, segundo ranking do UOL.
Para “reajustar” seus salários que, segundo o Projeto de Lei enviado à Assembleia Legislativa, estava defasado em 147% no período de 2007 a 2022, Zema se deu um aumento de quase 300%.

O caso de Zema foi parar na Justiça, mas o STF rejeitou em dezembro um pedido para reverter esse acréscimo. O subsídio mensal de Zema passou de R$ 10,5 mil para R$ 39,7 mil neste ano (aumento de 278%) e chegará a R$ 41,8 mil em fevereiro de 2025 (aumento de 298%, em comparação com 2023).

É diante deste cenário que o governador não se envergonha de propor um reajuste de insignificantes 4,62% e pagar apenas a metade dos salários aos trabalhadores e trabalhadoras da educação.

O valor básico praticado pelo governo de Minas para professores (as) em início de carreira (licenciatura plena) é de R$ 2.652,29, o que representa uma diferença de 57,90%, ou seja, R$ 1.928,28 de defasagem salarial ou quase o dobro do valor que deveria ser efetivamente pago, isto é, o Piso Salarial Nacional, de R$ 4.580,57 neste ano.

Esta é a “meritocracia” da qual Zema falava em seu discurso neoliberal, que prioriza os interesses da iniciativa privada e dos cada vez mais ricos.
Em defesa da educação pública mineira, da valorização e dignidade dos(as) trabalhadores(as) em educação, é preciso manter a mobilização e a luta aguerrida contra estes absurdos.

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1 Comentário. Deixe novo

  • Carlos Antônio Roque
    05/06/2024 23:47

    É lamentável essa política suja de desrespeito as leis aprovadas para o pagamento do Piso Salarial dos professores mineiros. É uma vergonha essa postura de enxergar só o seu lado e conceder esse aumento escandaloso de seu próprio vencimento. Dias melhores virão! Abraços companheiros.

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