Longe de ser comemorado, o dia 13 de maio, data em que foi assinada a Lei Áurea, serve como um momento de reflexão e fortalecimento da luta antirracista no Brasil.

Nesse sentido, deixamos o recado: “não veio dos céus, nem das mãos de Isabel.”

Reduzir o fim da escravidão à figura da Princesa Isabel é invisibilizar o movimento abolicionista e reforçar o apagamento na história da luta e resistência, através de incontáveis fugas, revoltas, manifestações artísticas, do nosso povo preto.

Já dizia o samba-enredo da Mangueira de 1988 :

“Será que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será, oh, será
Que a Lei Áurea tão sonhada
Há tanto tempo assinada
Não foi o fim da escravidão

Hoje dentro da realidade
Onde está a liberdade
Onde está que ninguém viu

Moço

Não se esqueça que o negro também construiu
As riquezas do nosso Brasil”

Salve Ganga Zumba, Zumbi dos Palmares, Dandara! Salve Luís Gama, Luísa Mahin, José do Patrocínio, André Rebouças, Cosme Bento, José Luis Napoleão, Quintino de Lacerda, Maria Firmina dos Reis, José do Patrocínio, Vicente de Souza, Ferreira de Menezes, Manoel Querino e Chico da Matilde – grandes lutadores e lutadoras do movimento abolicionista brasileiro.