Sind-UTE Subsede Uberlândia cobra do IPSEMG atendimento hospitalar para educadores da região

A direção do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Subsede Uberlândia, alcança conquistas junto ao Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), após vários atos e mobilizações referentes às questões de saúde como atendimento médico, tratamentos diversos e hospitalares. Isso porque venceu, recentemente, o convênio que o IPSEMG tinha com o Madrecor, hospital que afirmou não ter interesse em renovar o contrato e de fato não manteve. O pagamento ao Madrecor estava em atraso. Além da rotina de atendimentos de urgência e emergência, 60 mulheres estão grávidas.

Como o final do contrato já estava previsto, a gestão Alberto Pinto Coelho firmou convênio, no apagar das luzes do seu governo, com o hospital Santa Catarina, que é bastante limitado, atende a poucas especialidades.

Preocupados com a situação, diretores da Subsede Uberlândia se reuniram com a direção do IPSEMG e cobraram providências. O IPSEMG optou por contratar, em regime de urgência, dois hospitais na cidade: o Santa Clara, que atende altas complexidades e o Santa Marta, voltado para atendimentos de baixo risco. Esta foi a primeira conquista do Sind-UTE Subsede Uberlândia.

A liminar da 2ª Vara Civil Pública, expedida pelo juiz João Elísio, que data de 04/03, determina pena de multa de R$1mil por atendimento negado pelo IPSEMG. O documento também determina a construção ou a compra de um hospital IPSEMG no prazo máximo de três anos, sob pena de multa no valor de R$ 50mil/dia, nos mesmos moldes do hospital do Instituto que funciona em Belo Horizonte. A liminar determina que o IPSEMG terá que arcar com todos os procedimentos médicos necessários aos trabalhadores em educação de Uberlândia e Região, inclusive contratar, na rede particular, atendimento de urgência e emergência, até que se credencie um hospital e atenda a todos os procedimentos.

Entenda o caso
A coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira e a direção da Subsede Uberlândia estiveram reunidas dia 22 de janeiro, na Cidade Administrativa, com o presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (IPSEMG), Hugo V. Teixeira, para encaminhar diversas demandas da categoria na área.

Os diretores do Sind-UTE Subsede Uberlândia Francisco Pinheiro da Luz, Ronaldo Amélio e a coordenadora, Elaine Cristina Ribeiro, revelaram preocupação com a situação dos convênios hospitalares, por meio do IPSEMG na região. O hospital Madrecor, que atende cerca de 50 mil usuários, entre titulares e dependentes e outros 41 municípios do Triângulo e Alto Paranaíba, venceu no dia 31 de janeiro.

Eles informam que, no final do ano, no apagar das luzes, o governo estadual firmou convênio com o hospital Santa Catarina, que recebeu, também da gestão anterior, R$95 milhões de investimentos. Porém, o hospital não tem ginecologista, obstetra, não faz pré-natal, não tem ortopedista, não conta com internação, nem grupo de anestesia – profissional este que tem que ser contratado a parte.

Diante deste cenário, a prioridade maior é a renovação imediata com o hospital Madrecor. Elaine Ribeiro revela outras preocupações como: nos próximos 90 dias cerca de 60 grávidas darão a luz, mas não tem hospital definido. Ressalta ainda que o hospital Madrecor e os médicos conveniados ao IPSEMG estão sem receber desde novembro, o que tende a inviabilizar o atendimento, a exemplo do hospital em Uberaba, que já foi suspenso e, em Araxá, o atendimento está restrito.

Várias demandas como a perícia descentralizada, aumento da cota de rádio e quimioterapia para tratamento de câncer, discussão sobre uma possível revisão da co-participação, além de isenção de cobrança para educadores que estejam com doenças graves ou degenerativas constaram da pauta.

Essas questões estão em um dossiê que foi protocolado, bem como um projeto de construção de um hospital do IPSEMG em Uberlândia (entregue ao então candidato Fernando Pimentel).
Os educadores ouviram do presidente do IPSEMG que serão analisadas todas as questões apresentadas e serão atendidas dentro do possível. Ele disse que a situação do IPSEMG é preocupante, pois conta com uma dívida de R$70 milhões, valor este que está sendo negociado pagamento com as clínicas, com pedido de continuidade de atendimento.

Para a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, a abertura de diálogo é um bom sinal. “Esta interlocução é fundamental para se ter conhecimento da realidade do Estado, as demandas da categoria, mas tem que ser revertida em ações. Nossa expectativa é de sermos atendidos nas nossas reivindicações.”

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